26 de maio de 2007

Sábado Musical


Sábado é dia de capoeira Angola e samba reggae com Mestre Reginaldo Véio. Em seguida, temos o sábado musical. No dia 26 de maio, o sábado foi especial, pois contamos com a presença do Mestre Môa. Foi um momento descontraído ao som de uma boa música. E tudo indica que estamos construindo mais uma tradição: sentar na porta da Lenço de seda prá ver a banda passar...

24 de maio de 2007

Apresentação da dissertação

Vejam a matéria que foi publicada no site do UnilesteMG sobre a defesa da dissertação de mestrado da Sonaly:

"“A prática da capoeira também é uma forma de resistência, uma vez que reforça o senso de coletividade e nega a tendência individualista da atual sociedade capitalista. Na capoeira, o jogo da roda é também o jogo da vida”. A afirmação é da professora Sonaly Torres da Silva, do curso de Pedagogia do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste-MG), que defendeu a dissertação Capoeira: movimento e malícia em jogos de poder e resistência, na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC–Minas).As principais discussões do trabalho podem ser conferidas, gratuitamente, pela comunidade, nesta sexta-feira (25/05), às 20h, no Teatro do Centro Cultural da Fundação Acesita, em Timóteo. Para o desenvolvimento da dissertação, defendida no início de maio, Sonaly Torres pesquisou a história, o acervo de documentos e realizou entrevistas com os capoeiristas da Associação de Capoeira Lenço de Seda, de Timóteo. Nessas conversas, a docente pôde observar que as experiências na capoeira angola proporcionam a emergência de subjetivações autônomas, isto é, elas potencializam o processo de singularidade. “São formas de resistência essenciais, uma vez que as formas hegemônicas de poder operam, principalmente, através da produção de subjetivações dominadas, capturadas pela lógica do consumo”, ressalta.Com a orientação do doutor João Leite Ferreira Neto, e o acompanhamento do mestre Reginaldo Véio (da Associação Lenço de Seda), a docente investigou as formas de resistência ao poder, possibilitadas pela capoeira, e os diálogos estabelecidos com as relações sociais, a cultura, a ancestralidade e o saber por seus praticantes. Conforme acrescenta Sonaly Torres, ao articular aspectos heterogêneos como música, dança, ancestralidade, ritualidade, luta, a capoeira angola rompe contornos subjetivos e produz a conquista da malícia como arte da existência contemporânea. “A produção da malícia é prática infinita, processo que potencializa o conhecimento de si para se transformar continuamente, produzindo singularidade. Essa produção constitui-se na relação com o outro, em práticas eminentemente coletivas. Portanto, as resistências na capoeira emergem com a conquista da malícia, que é produzida na roda, onde o corpo, em festa, conecta universos corporais e incorporais, cria novos campos de possibilidades em processos de singularização, que podem alcançar dimensões sócio-políticas”, explica. Sonaly Torres é prata da casa: ex-aluna do curso de Pedagogia e especialista em Administração de Recursos Humanos, também pelo Unileste-MG. Além disso, atua no Programa de Assessoria Psico-pedagógica Institucional do Centro Universitário. No decorrer da pesquisa, a mestre realizou oito apresentações do trabalho, em congressos e seminários de universidades e outras instituições. Além da satisfação pessoal, a docente acredita que o trabalho também possibilitou o encontro de dois universos diferentes. “Ao coligar a experiência desse grupo a elaborações teórico-acadêmicas, foi possível o encontro entre saberes distintos e práticas”, frisa a professora, agradecendo o apoio e incentivo recebidos pela equipe do Colégio Padre de Man e do Unileste. “Os membros da Associação Lenço de Seda, que me acolheram com generosidade, disponibilizando suas experiências e seus saberes, também têm meus eternos agradecimentos”, finaliza Sonaly Torres."

Oficina de ritmos - Mestre Môa