19 de abril de 2009

19 de abril



Há uma crença de que no Brasil só se fala uma língua, o português. Num país com uma das maiores diversidade lingüistica do mundo, a persistência da crença no monolinguismo em pleno século XXI parece absurda. No entanto, se atentarmos para a exclusão sistemática da cultura indígena em nosso país, as coisas vão ficando mais claras. Só para se ter uma idéia do tamanho desse apagamento cultural, as estimativas apontam que em 1500 eram faladas em torno de 1300 línguas indígenas em nosso território. Atualmente são encontradas em territórios brasileiros cerca de 180 línguas indígenas, além das línguas de imigração, línguas de fronteira, e, precariamente, algumas línguas africanas. Houve uma destruição de 85% da diversidade lingüística e, obviamente, da diversidade cultural. Sim porque a língua é um dos elementos chave para a construção identitária de um povo: é através dela que os povos significam suas experiências, é através dela que acessamos a história, os percursos, a cosmovisão de uma dada cultura. E dentre as 180 línguas que restaram, uma boa parte está ameaçada de extinção...

17 de abril de 2009

Cultura Indígena


Como se sabe, os primeiros artistas deste país têm uma produção intensa, uma vez que neste universo a arte não se separa do fazer diário. Ela se constitui, se faz, se configura no dia-a-dia como parte das atividades cotidianas que nos aproximam e nos distanciam dos outros animais. Há os que dizem que não é arte e sim artesanato por estar associada a objetos utilitários. Sem entrar no mérito das classificações e/ou denominações, o fato é que, seja nos adornos, na cestaria, na tecelagem, arte plumária, na madeira, sua arte enche os olhos. As imagens abaixo são de objetos produzidos por diferentes etnias brasileiras:

Arte plumária







Cestaria



Cerâmica









Tecelagem








Madeira




13 de abril de 2009

Instante



O blog não perdoa. Está registrado aí embaixo: 29 de setembro de 2008 é a data do último post!!! Mas os leitores podem perdoar, se quiserem. Por um lado, há um tempo linear exigindo que a produção não pare, por outro, há um tempo interno que pede uma parada, um certo distanciamento, para que as intervenções ganhem mais qualidade.
Não que as ações tenham parado, pelo contrário, muita coisa vem sendo feita desde a última postagem. Os trabalhos nas escolas continuam, os contatos e compromissos com a cultura indígena se ampliaram, há um livro por vir e muito mais.