15 de novembro de 2010

Na Ginga do Boi

Em comemoração ao Dia da consciência Negra, o Centro de Estudos da Cultura Ancestral Brasileira e Associação de Capoeira Lenço de Seda – Lenço de Seda – CECAB lançam, no dia 19 de novembro, no Auditório do Centro Cultural da Fundação ArcelorMittal Acesita, o vídeo-documentário “Na ginga do boi: cultura,educação e arte no Brasil”, produzido a partir dos processos de produção coletiva praticados pelo grupo.


O documentário é a culminância do Projeto Acervo CECAB, patrocinado pelo Fundo Estadual de Cultura de Minas Gerais, cujos propósitos são os de resgatar e recuperar os documentos e registros fotográficos e audiovisuais reunidos pelo CECAB em trinta e três anos de atividades com as culturas afro-brasileira e indígena , viabilizando a potencializaçào do conteúdo documental de seu acervo, oportunizando consultas e pesquisas e preservando sua memória cultural.


Editado a partir das experiências do Lenço de Seda-CECAB em seus 33 anos de práticas, o DVD é uma contribuição aos agentes culturais e educadores que trabalham em prol da valorização da cultura e da identidade nacional e pela busca de uma educação assentada em nossas singularidades ancestrais. Acompanha o DVD a reedição do CD Antologia de Ladainhas e Corridos, uma coletânea de cantigas de capoeira, ladainhas e corridos em CD gravado pelos representantes do Conselho de Mestres da Associação Brasileira de Capoeira Angola , uma cartilha eletrônica de mais de 200 páginas que apresenta o roteiro narrativo do filme, um detalhamento dos projetos desenvolvidos nas escolas parceiras do CECAB, instrumentos de mensuração da aprendizagem no diálogo entre cultura, educação e arte, propostas de atividades pedagógicas que articulam as práticas culturais ao currículo formal da escola, além de sugestões de referências bibliográficas, de sites e filmes para os interessados em trabalhar com a questão.


O evento de lançamento será às 19 horas do dia 19 de novembro, no auditório do Centro Cultural da Fundação ArcelorMittal Acesita, e conta com apresentações de danças afro-brasileiras e indígenas, exibição do vídeo e debates.

31 de agosto de 2010

Pró-capoeira

de Eduardo Alves
Em mais uma etapa dos trabalhos pelo fortalecimento das práticas da capoeira como um bem cultural brasileiro, o Grupo de Trabalho Pró-Capoeira - GTPC dá início a uma série de encontros que têm como objetivo a sistematização de demandas e ações para o Programa Nacional de Salvaguarda e Incentivo à Capoeira - Pró-Capoeira. Os encontros são destinados às pessoas e instituições representativas do universo da capoeira no Brasil que estarão reunidas em Recife, Pernambuco, nos dias 8, 9 e 10 de setembro (confira a programação).  As regiões Norte e Centro-Oeste estarão reunidas em Brasília nos dias 28, 29 e 30 de setembro. O terceiro encontro será no Rio de Janeiro, nos dias 27, 28 e 29 de outubro, agregando as Regiões Sudeste e Sul. Para informações e inscrições é possível acessar o sítio eletrônico www.encontrosprocapoeira.org.br.
O GTPC é formado por representantes da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural - SID Secretaria de Políticas Culturais - SPC/MinC e da Fundação Palmares, coordenado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan. Como uma das prioridades do MinC atualmente é o estabelecimento de uma política pública para capoeira enquanto saber, arte, tradição cultural e instrumento pedagógico, de desenvolvimento físico e social, diversas ações de reconhecimento e incentivo à prática deste bem cultural têm sido empreendidas, entre elas, o Edital Capoeira Viva e os pontos de cultura voltados para a prática em vários estados brasileiros.
No entanto, apesar desse conjunto de ações, ainda existe a necessidade de uma atuação mais ampla e, integrada. Nesse sentido, o Programa de Salvaguarda e Incentivo à Capoeira tem como objetivo geral promover a implementação de uma política participativa com vistas a promoção das diversas formas de produção e reprodução deste bem cultural.  São, ainda, objetivos específicos do Pró-Capoeira:
  • Promover e difundir a capoeira no Brasil e no mundo com respeito à diversidade cultural presente em suas diferentes manifestações rituais, técnicas e estilísticas.
  • Apoiar a transmissão dos conhecimentos tradicionais ligados à prática da capoeira;
  • Estabelecer critérios para o reconhecimento do notório saber dos mestres de capoeira formados na tradição.
  • Apoiar e fomentar a difusão da produção intelectual, acadêmica, cultural e audiovisual sobre a capoeira no Brasil e no mundo;
  • Cadastrar mestres e estudiosos, praticantes, grupos, entidades e instituições públicas e privadas dedicadas à prática, ao estudo e ao ensino da capoeira no Brasil;
  • Fomentar a criação de mecanismos de participação e de consulta às instituições e aos representantes de grupos e indivíduos praticantes de capoeira no Brasil, com vistas a organizar a regulamentação do exercício de atividades de ensino e de formação;
  • Incentivar a prática da capoeira como recurso cultural, lúdico, pedagógico e como atividade física na rede pública e particular, em todos os níveis de ensino.
  • Promover o intercâmbio entre praticantes e estudiosos da capoeira do Brasil e de outros países;
O Registro como Bem Cultural Imaterial do Brasil
Em outubro de 2008, a Roda de Capoeira e o Ofício dos Mestres de Capoeira foram reconhecidos como Patrimônio Cultural do Brasill. A Roda de Capoeira foi registrada como Bem Cultural de natureza Imaterial no Livro das Formas de Expressão. É um elemento estruturante desta manifestação, sendo o espaço e o tempo onde se expressam simultaneamente o canto, o toque dos instrumentos, a dança, os golpes, o jogo, a brincadeira, os símbolos e rituais de herança africana, recriados no Brasil. A Roda de Capoeira profundamente ritualizada, congrega cantigas e movimentos que expressam uma visão de mundo, uma hierarquia e um código de ética que são compartilhados pelo grupo.
Já o Ofício dos Mestres de Capoeira foi registrado como Bem Cultural de natureza imaterial no Livro dos Saberes. O conhecimento produzido para a instrução do processo permitiu identificar os principais aspectos que constituem a capoeira como prática cultural desenvolvida no Brasil, como o saber transmitido pelos mestres formados na tradição da capoeira e com tal reconhecidos. O Ofício dos Mestres de Capoeira é exercido por aqueles detentores dos conhecimentos tradicionais desta manifestação e responsáveis pela transmissão oral das suas práticas, rituais e herança cultural.
Fonte: Minc

29 de agosto de 2010

Nos quintais das bromélias...


…orquídeas para harmonizar a alma…

Angola a dois e Sim às diferenças

Registro das aulas de Capoeira Angola que ocorrem na E.E. Capitão Egídio Lima como parte dos projetos Angola a dois e Sim às diferenças.

30 de junho de 2010

Bumba meu boi

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A escrava Catirina está gravida e tem o desejo de comer língua de boi.  Nego Chico, seu marido, resolve atender o seu desejo,  matando um boi da fazenda.  Ao descobrir o ocorrido, o dono da fazenda resolve castigar Nego Chico. Toda a comunidade se mobiliza para “salvar” o boi e finalmente chega o pajé que consegue ressuscitá-lo, deixando todos em festa. 

Este é o enredo básico do Bumba meu boi, um dos folguedos mais representativos da cultura brasileira que reúne elementos das culturas branca (o enredo), índígena (as danças) e negra (os movimentos ritmicos.) numa síntese da diversidade étnico-racial formadora do povo brasileiro. 

As  denominações e variações para este folguedo  são muitas, representando as peculiaridades de cada regiao, estado ou cidade e a dinamicidade característica das manifestações populares.  

Destacada por Mário de Andrade como “a mais exemplar” e, também, como “a mais complexa, estranha, original de todas as nossas danças dramáticas”, a  encenação envolve  música, dança, teatro e circo em uma brincadeira que permite uma catarse das tensões ocorridas no cotidiano dos brancos, escravos e índios.

Devido à enorme diversidade de estilos, “sotaques” , sons e ritmos que constituem esta manifestação, além dos ínumeros grupos culturais que a representam, o dia 30 de junho  foi instituído como o dia nacional do Bumba meu boi, conforme lei 12.103/09.

Presença constante nos eventos do CECAB/Lenço de Seda e nas escolas onde são desenvolvidos os projetos, o Bumba meu boi é trabalhado nas diferentes disciplinas do currículo, como a História, Geografia e as Artes. Temos também a “dança do boi” em que as crianças fazem uma bonita coreografia com a música do boi e o boizinho faz a festa…

21 de junho de 2010

Encontro na E.E. Capitão Egídio Lima

E no dia 19 de junho, os encontros ocorreram na Escola Capitão Egídio Lima com roda de conversa, cantorias, oficina de dança e de pintura corporal:

18 de junho de 2010

Encontro na E. M. Nelcina Rosa de Jesus

No dia 17 de junho, as atividades do evento "Outras vias do Saber" foram realizadas na E.M. Nelcina Rosa de Jesus em Ipatinga. A visita de Ibã Huni Kuin  enriqueceu o  trabalho com a cultura indígena realizado na escola e coordenado pela Professora Maria Helena Monteiro de Castro.  As crianças puderam vivenciar e ampliar os conhecimento sobre  a cultura Kaxinawá, através de danças, roda de conversas, oficina de pintura corporal, exposição de trabalhos e exibição de vídeos.

Oficina de dança

Ibã Huni Kuin dialoga com as crianças

Ibã Huni Kuin dialoga com as crianças
Oficina de pintura corporal
Oficina de pintura corporal
Entrevista à imprensa

Ibã Huni Kuin e Professora Maria Helena
 

16 de junho de 2010

Seminário

Seminário de abertura do evento "Outras vias do saber: vivências Huni Kuin". Realizado na E. E. Capitão Egídio Lima, em 16 de junho, o seminário contou com a participação de educadores, diretores e representantes de entidades diversas . Na ocasião, Mestre Reginaldo Véio falou sobre as  práticas medicinais, de cultivo e de convivio social que situam os  Huni Kuin como importante referência para a cultura ocidental.  Ibã Huni Kuin falou sobre as peculiaridades da educação formal entre os Kaxinawás e sobre o uso da tecnologia entre os indígenas como ferramenta necessária para a preservação da memória ancestral, respondendo às indagações dos educadores sobre as possibilidades de articulação entre os conhecimentos indígenas e os conhecimentos do branco ocidental. Fique ligado: em breve, publicaremos a transcrição do seminário.  

Ibã Huni Kuin fala para os educadores

Ibã Huni Kuin e Mestre Reginaldo Véio

Educadores em diálogo com Ibã Huni Kuin
Educadores em diálogo ocm Ibã Huni Kuin