A escrava Catirina está gravida e tem o desejo de comer língua de boi. Nego Chico, seu marido, resolve atender o seu desejo, matando um boi da fazenda. Ao descobrir o ocorrido, o dono da fazenda resolve castigar Nego Chico. Toda a comunidade se mobiliza para “salvar” o boi e finalmente chega o pajé que consegue ressuscitá-lo, deixando todos em festa.
Este é o enredo básico do Bumba meu boi, um dos folguedos mais representativos da cultura brasileira que reúne elementos das culturas branca (o enredo), índígena (as danças) e negra (os movimentos ritmicos.) numa síntese da diversidade étnico-racial formadora do povo brasileiro.
As denominações e variações para este folguedo são muitas, representando as peculiaridades de cada regiao, estado ou cidade e a dinamicidade característica das manifestações populares.
Destacada por Mário de Andrade como “a mais exemplar” e, também, como “a mais complexa, estranha, original de todas as nossas danças dramáticas”, a encenação envolve música, dança, teatro e circo em uma brincadeira que permite uma catarse das tensões ocorridas no cotidiano dos brancos, escravos e índios.
Devido à enorme diversidade de estilos, “sotaques” , sons e ritmos que constituem esta manifestação, além dos ínumeros grupos culturais que a representam, o dia 30 de junho foi instituído como o dia nacional do Bumba meu boi, conforme lei 12.103/09.
Presença constante nos eventos do CECAB/Lenço de Seda e nas escolas onde são desenvolvidos os projetos, o Bumba meu boi é trabalhado nas diferentes disciplinas do currículo, como a História, Geografia e as Artes. Temos também a “dança do boi” em que as crianças fazem uma bonita coreografia com a música do boi e o boizinho faz a festa…
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