30 de junho de 2010

Bumba meu boi

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A escrava Catirina está gravida e tem o desejo de comer língua de boi.  Nego Chico, seu marido, resolve atender o seu desejo,  matando um boi da fazenda.  Ao descobrir o ocorrido, o dono da fazenda resolve castigar Nego Chico. Toda a comunidade se mobiliza para “salvar” o boi e finalmente chega o pajé que consegue ressuscitá-lo, deixando todos em festa. 

Este é o enredo básico do Bumba meu boi, um dos folguedos mais representativos da cultura brasileira que reúne elementos das culturas branca (o enredo), índígena (as danças) e negra (os movimentos ritmicos.) numa síntese da diversidade étnico-racial formadora do povo brasileiro. 

As  denominações e variações para este folguedo  são muitas, representando as peculiaridades de cada regiao, estado ou cidade e a dinamicidade característica das manifestações populares.  

Destacada por Mário de Andrade como “a mais exemplar” e, também, como “a mais complexa, estranha, original de todas as nossas danças dramáticas”, a  encenação envolve  música, dança, teatro e circo em uma brincadeira que permite uma catarse das tensões ocorridas no cotidiano dos brancos, escravos e índios.

Devido à enorme diversidade de estilos, “sotaques” , sons e ritmos que constituem esta manifestação, além dos ínumeros grupos culturais que a representam, o dia 30 de junho  foi instituído como o dia nacional do Bumba meu boi, conforme lei 12.103/09.

Presença constante nos eventos do CECAB/Lenço de Seda e nas escolas onde são desenvolvidos os projetos, o Bumba meu boi é trabalhado nas diferentes disciplinas do currículo, como a História, Geografia e as Artes. Temos também a “dança do boi” em que as crianças fazem uma bonita coreografia com a música do boi e o boizinho faz a festa…

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